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Um fluxo descontinuo de ideias sobrepostas... Confusas, disléxicas e antagônicas. Pitadas de sorrisos, abraços alegremente são espalhados ao longo de seus passos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009


Frases literárias ilustram o definitivo de um orbe. Reproduzem-se meus olhos no espelho, pequeninos abrangendo um difuso escuro. Assim como Bentinho discorreu “conheci as regras de escrever, sem suspeitar a do amar”. Já nem mais é o mesmo dia e continuo a pensar num repertório ao mesmo tempo romântico para trechos de alguns. Um espetáculo, sim seria platéia o limite da beleza. Os astros de fulana peça e um asterisco, este como uma advertência bem de longe com escritas em letras miúdas, formidavelmente palavras. Delírios por fim, a razão da transição de uma menina que balança. Uma herança de circo, o trapézio. Sem veneno ou ser fugitiva ela continuava liberta e com vitórias de alma.

quinta-feira, 16 de julho de 2009


Acho que os meninos estão fumando craque na esquina, paira esta essência insuportável que entra por uma janela que não se fecha, porque ela nem se quer existe, é apenas um buraco traduzido em janela. Não posso continuar minha leitura sobre a morte – vida de Brás Cubas, suave as escritas de Machado de Assis, um tanto prolixas, confesso. De fato, tento-me desdobrar nesta nova cultura com o tempo. Sem heróis e sem deslumbre, só me resta um pouco de dor de cabeça pela fumaça desmiolada. Não sei se posso chamar de delinqüência ou falta de oportunidade, teria que ser imortal ao ponto de chegar uma conclusão das classes sociais. A verdade é convulsa, elegante e anônima. Anonimato que ninguém quer, pois fere promovendo aquela chaga indecorosa. Nexo, não há palavras que descrevem a insanidade. Apesar de eu não saber a classificação monofossintática de nada, eu ainda acho que a palavra ignorante não tem sinônimos e antônimos. Fantasio com dicionários. E enquanto relâmpagos clareiam rasgantes o céu, o vento torna mensageiro assoviando pela baía onde se escuta a chuva. Modo que minha mão ingênua escreve sem notar o que, pára neste instante, escorrega pela polida mesa e apaga a lamparina.

segunda-feira, 13 de julho de 2009


Este semestre se passou aos avessos, como se eu tivesse em uma reabilitação por todo este tempo. Se passou um turbilhão de coisas que ainda não sei se entendo realmente. Conversando com uma amiga e descobri que eles não fazem por mal, mas me fazem mal. To meio de saco cheio das pessoas, não que eu não as adore, pois sim, eu adoro todos. O passado ainda bate à porta em alguns momentos altos, choro e recordo. Não creio que alguém esteja pronto para ouvir a história que se realiza. Ouvi violinos em uma tarde que tinha sol, engraçado é que eles não estavam nem se quer perto de mim, outro continente, outra Galáxia. Quero caminhar na beira do lago, preciso perder-me de tudo um pouco. Percebo a uma vibração angelical perto de mim, deve ser Deus se conectando. O frio está acabando com minha pele, gostaria de um calor um pouco. Fome, fome, fome salgada. Já fui mais gentil e doce com as pessoas, me deixa um tanto triste um pouco deste vazio de delicadeza. Desvairo e me choco contra a repressão que não era pra ser assim, apesar de todos saberem, continuam envolvendo-se e obrigando com olhares e um palavras que me atingem, sabe que atingem, é maldoso, cheirando mal... há beleza em todos os lugares me disseram, concordo! Meu cabelo está mais comprido e esta bata branca me faz sentir bem.

terça-feira, 7 de julho de 2009


Se você pudesse ver minhas olheiras hoje, mal me reconheceria. As férias estão surtindo um efeito contrario ao esperado, poderia ter entrelaçado no passado e agora sou livre. Os acontecimentos de fato elevaram as chances ao topo ou as destruíram, é verdade. Repito que me faltam vocabulário e genialidade. E futuro me espera com oportunidades e as portas começam a abrir... E, quando a escolha, qual da escolha, o que se colhe. Há uma inspiração meio mística que explica que ao dizer ao mundo, que volta para dentro de si com incríveis sentimentos lunáticos. É o excêntrico singular, meu amigo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009


Era um pouco doentio, era um tanto artístico. Fotos de um marasmo, que não eram minhas, obviamente. Então, por um momento lhe tive pena e pensei: ela é apenas uma criança que cresceu na repressão de um pai malvado. Não é minha prima, no entanto, somos parentes. Tinha uma graça de sexualidade nas suas expressões, não é mal, tampouco sábio. E eu com minhas diretrizes de julgar, ah por favor! E estas minhas unhas vermelhas poderiam ter um significado, não o têm. Algumas viagens me parecendo mal resolvidas, pobres e sujas. Não era o tal um bom fotógrafo! Rabiscado de uma princesa envolta de putaria... Que falta de elegância estas palavras. E busco outras menos brutas. Precisa-se de uma magia de bailarina. Há um vão, uma vida longe do mar.